Bem vindo!
O Laboratório Nacional de Energia e Geologia, I.P. e o Programa ProMuseus apresentam a exposição “A Estrela das Estrelas! – Espécimes -Tipo do Museu Geológico“.
O que são Espécimes-Tipo?
O espécime-tipo corresponde ao(s) exemplar(es) de referência utilizado(s) para descrever e nomear uma nova espécie. De entre estes, o holótipo ganha particular destaque, sendo o único espécime-tipo que é mandatório, correspondendo frequentemente ao exemplar mais completo e mais bem preservado.
Todos os espécimes-tipo devem estar acessíveis para estudo e investigação, num repositório científico de acesso aberto, como o Museu Geológico.
Existem vários espécimes-tipo – holótipo, síntipo, neótipo parátipo, lectótipo – dependendo da disponibilidade de amostras ou da história museológica posterior. O holótipo corresponde ao espécime que serve como referência base da descrição e nomeação de uma espécie. A escolha cuidadosa de um holótipo é fundamental para a correta identificação e classificação de uma nova espécie, constituindo um processo importante em investigação paleontológica e taxonómica. O síntipo é um exemplar entre vários, que serviram no seu conjunto para descrever a espécie quando não foi designado um holótipo. Um parátipo é um exemplar adicional ao holótipo que complementa a descrição e nomeação de uma espécie.
A exposição “A Estrela das Estrelas” destaca os fósseis que constituem os espécimes-tipo da coleção de Paleontologia do Museu Geológico. Com uma história de mais de 175 anos, o Museu Geológico possui centenas de espécimes-tipo, datados das eras Paleozoico, Mesozoico e Cenozoico, organizados cronologicamente e por grupos taxonómicos. A maioria destes espécimes está arquivada nas reservas do Museu, estando exposta ao público apenas uma parte da coleção. Muitos destes espécimes, pertencentes ao acervo do LNEG, foram ilustrados e publicados em obras clássicas de paleontologia.
Os espécimes-tipo estão organizados na exposição segundo a sua classificação taxonómica, apresentando-se desde os representantes dos seres mais simples e primitivos, como Espongiários e Corais, até aos mais complexos, como os Braquiópodes, Moluscos, Artrópodes, Vertebrados e Plantas. Esta organização permite uma verdadeira viagem pela evolução da biodiversidade ao longo do Tempo Geológico.
A exposição conduz os visitantes desde a sala de receção do Museu Geológico onde estão expostos alguns exemplares, até às vitrinas da exposição permanente (Sala de Paleontologia e Estratigrafia e Sala Lisboa), assinalando-se os espécimes-tipo exibidos, valorizando o enquadramento já existente.
A mostra inclui ainda réplicas de peças em impressão 3D e um espaço dedicado às crianças, com atividades de expressão plástica, como pintura e modelagem com plasticina, proporcionando uma experiência sensorial envolvente.
Quem é a Estrela das Estrelas?
O ex-libris desta exposição é o Pentacrinus penichensis, a verdadeira estrela (em forma) de entre todas as outras estrelas que são os preciosos espécimes-tipo que integram a coleção do Museu Geológico. Trata-se de um crinoide cujo pedúnculo é composto por vários segmentos (ossículos ou artículos) em forma de estrela de cinco pontas. Os crinoides são animais marinhos invertebrados pertencentes à classe dos Equinodermes, sendo vulgarmente conhecidos como «lírios-do-mar». Estes seres alimentavam-se de pequenas partículas em suspensão na água que capturavam com os seus braços e introduziam na boca, situada na região do cálice.
O espécime-tipo do exemplar de Pentacrinus penichensis é um lectótipo (espécime escolhido para servir o mesmo propósito de um holótipo, selecionado à posteriori a partir de um conjunto de síntipos, porque o holótipo não foi originalmente designado), proveniente da região de Peniche. Foi descrito por Loriol no seu trabalho de 1890-1891, “Description de la faune jurassique du Portugal: embranchement des échinodermes”. Aqui, as rochas sedimentares do Jurássico (cerca de 175 milhões de anos), apresentam muitos pequenos ossículos em forma de estrela, resultado da desarticulação de muitos pedúnculos, constituindo um registo fossilífero absolutamente extraordinário.
Roteiro da Exposição
O circuito da exposição inicia-se na sala da receção onde se exibem os espécimes-tipo das reservas do museu e conduz o visitante pelas suas coleções permanentes
onde será também possível apreciar o mobiliário expositivo e a arquitetura interior do séc. XIX que fazem deste museu «Imóvel de Interesse Público».
Visualizador de amostras 3D
Use a roda do rato para aproximar/afastar e clique e arraste para rodar a amostra
Visualizador de amostras 3D
Use um dedo para rodar e dois para aproximar e afastar.
ID 279 ID 276
Achelous delgadoi
(Fontannes, 1884)
ID 702
Perisphinctes tizianiformis
(Choffat, 1893)
ID 209
Delgadoa loredensis
(Thadeu 1947)
ID 6279
Dimorphastraea polymorpha
(Koby, 1904-05)
ID 2013
Myophorella (Trigonia) freixialensis
(Choffat, 1885)
ID 1250
Natica munieri
(Choffat, 1886)
ID 3474
Opissaster cotteri
(Loriol, 1896)
ID 22259
Otozamites mundae
(Teixeira), Pais, 1974
ID 3498
Pentacrinus penichensis
(Loriol, 1891)
ID 1198
Purpurina falloti
(Choffat, 1901)
ID 3879
Rhynchonella franciscoi
(Choffat, 1947)
ID 993
Strombus bellasensis
(Choffat, 1886)
Mais amostras
brevemente!
Agradecimentos
A equipa agradece ao LNEG, à PROMUSEUS, à Comissão Científica e à Comissão de Honra da Exposição «A Estrela das Estrelas!».
Equipa Projecto (LNEG)
Sofia Soares
Jorge Sequeira
José António Moita
Luísa Matos
Zélia Pereira
Rúben Dias
Teresa Calabaça
Carlos Martins
Joaquim Ferreira
Design – Filipe Barreira (LNEG)
Comissão Científica
Artur Sá (UTAD)
Bruno Pereira (GEOPARQUE OESTE)
Carlos Góis Marques (UMadeira)
Carlos Marques da Silva (UL)
Darío Estraviz López (FCT NOVA)
Elisabete Malafaia (IDL-FCUL)
Francisco Costa (FCT NOVA)
José Piçarra d’Almeida (LNEG)
Luís Vitor Duarte (UC)
Pedro Callapez (UC)
Pedro Correia (CGEO)
Pedro Fialho (PFDB)
Pedro Mocho (IDL-FCUL)
Pedro Pereira (UAb)
Sofia Pereira (UC)
Contactos
Museu Geológico
Rua da Academia das Ciências, Nº 19 – 2º
1249-280 Lisboa
Portugal
Telefone
(+351) 21 346 39 15
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